Pular para o conteúdo principal

MEIs têm 'dor do crescimento' com impostos

Em 5 anos, 3% dos microempreendedores individuais crescem e se tornam empresas

Desde a criação da categoria de Microempreendedor Individual (trabalhador autônomo que fatura até R$ 60 mil por ano e tem até um funcionário), em 2009, 120 mil deles cresceram e deixaram essa figura jurídica.

Esse número representa 3% dos 3,9 milhões de negócios formalizados como MEI desde a criação do sistema

O levantamento foi feito pelo Sebrae a partir de informações da Receita Federal.

A transição implica desafios com questões fiscais. O MEI paga uma única taxa que fica em torno de R$ 40 por mês, incluindo impostos municipais e/ou estaduais e contribuições à Previdência.

Já as pequenas empresas que usam o regime do Simples (modalidade simplificada de recolhimento para quem fatura até R$ 3,6 milhões por ano) têm seu faturamento tributado por uma alíquota que parte de 4% no caso de comércio e de 6%, para a maioria das empresas de serviços. A taxa cresce conforme a companhia aumenta em faturamento.

Empresários que não se preparam podem acabar perdendo com a mudança, afirma Marta Pelúcio, professora da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).

Entre os serviços que o empresário terá de contratar, estão os de um escritório de contabilidade.

Isso porque ele terá de emitir declarações mensais e anuais apresentando seu faturamento e informações sobre funcionários.

A empresa também fica obrigada a emitir nota fiscal em todas as vendas, explica Wilson Gimenez Junior, vice-presidente do Sescon-SP (sindicato que reúne escritórios do setor de contabilidade).

É preciso ter em mãos dados sobre os custos da operação e as margens de lucro dos produtos. Com isso, é possível embutir ao menos uma parte do imposto mais alto no valor das vendas.

Segundo Luiz Barretto, presidente do Sebrae, é natural que aconteça um aumento na tributação nessa transição, pois o faturamento das empresas também aumenta.

Eduardo Dionisio, 27, que criou há um ano a My S.O.S., diz estar consciente dos custos que terá ao deixar de atuar como MEI, o que deve fazer ainda neste mês.

Sua empresa fornece serviços de manutenção de computadores a partir do pagamento de mensalidades fixas.

No começo ele trabalhou sozinho, principalmente atendendo pessoas físicas. Ele diz que agora precisa contratar mais três funcionários, porque tem recebido propostas de empresas.

Dionisio afirma que, mesmo com o aumento dos impostos, o resultado será positivo para a empresa. "Tive de dizer a alguns clientes que preciso esperar um pouco para atendê-los para poder atender a mais serviços, até estar pronto e com uma equipe."


Fonte: Folha de S. Paulo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O sol nunca deixa de brilhar acima das nuvens

Sempre que viajo e vejo esta cena fico muito emocionado. O Sol brilhando acima das nuvens. Sempre me lembro desta mensagem: "Mesmo em dias sombrios , com o céu encoberto por densas e escuras nuvens, acima das nuvens o Sol continuará existindo. E o Sol voltará a iluminar, sem falta. Tenhamos isto sempre em mente e caminhemos buscando a luz! Quando voltarmos os nossos olhos em direção à luz e buscamos na vida somente os lugares onde o Sol brilha, a luz surgirá" Seicho Taniguchi Livro Convite para um Mundo Ideal - pág. 36 Que super mensagem Deus nos oferta.  Você quer renovar a sua experiência com Deus?  Procure um lugar quieto e faça uma oração sincera a Deus do fundo do seu coração pedindo para que a vontade dele prevaleça em sua vida. Tenho certeza que o sol da vida, que brilha acima das nuvens escuras, brilhará também em você !!!

Sonegação não aparece em delação premiada, mas retira R$ 500 bi públicos

Empresário que sonega é visto como vítima do Estado OS R$ 500 BILHÕES ESQUECIDOS Quais são os fatores que separam mocinhos e vilões? Temos acompanhado uma narrativa nada tediosa sobre os “bandidos” nacionais, o agente público e o político corruptos, culpados por um rombo nos cofres públicos que pode chegar a R$ 85 bilhões. Mas vivemos um outro lado da história, ultimamente esquecido: o da sonegação de impostos, que impede R$ 500 bilhões de chegarem às finanças nacionais. Longe dos holofotes das delações premiadas, essa face da corrupção nos faz confundir mocinhos e bandidos. O sonegador passa por empresário, gerador de empregos e produtor da riqueza, que sonega para sobreviver aos abusos do poder público. Disso resulta uma espécie de redenção à figura, cuja projeção social está muito mais próxima à de uma vítima do Estado do que à de um fora da lei. Da relação quase siamesa entre corrupção e sonegação, brota uma diferença sutil: enquanto a corrupção consiste no desvio ...

A RESPONSABILIDADE CRIMINAL DO CONTADOR NO CRIME DE SONEGAÇÃO FISCAL

O ordenamento jurídico prevê diversos crimes tributários e, dentre eles, o delito de sonegação fiscal, consoante o art. 1º, da Lei 8.137/90, verbis : Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I – omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; II – fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; III – falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; IV – elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; V – negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a leg...