O Tribunal de Justiça do Mato
Grosso do Sul (TJ-MS) programou para o dia 23 de julho o lançamento do sistema
de processo digital em segunda instância.
Significa que todas as novas
ações tramitarão em formato digital e deverão ser peticionadas eletronicamente.
A medida vale, também, para os processos digitais em andamento nas comarcas.
Desta forma, todos os recursos
relativos a processos digitais de qualquer comarca do Estado deverão ser
encaminhados digitalmente para o Tribunal de Justiça. Somente serão aceitos
fisicamente os recursos oriundos de processos físicos.
A decisão de implantar o processo
eletrônico em julho foi tomada em decorrência do volume de processos digitais
encaminhados ao TJ-MS: 5 mil no total, dos quais mais de 3 mil deles referentes
a recursos da Fazenda Pública de Campo Grande, revela o desembargador Luiz
Tadeu Barbosa Silva, presidente do Comitê Gestor de Informática do Poder
Judiciário de Mato Grosso do Sul.
“A expectativa é de que o
Tribunal de Justiça entre na vanguarda, tornando-se o primeiro tribunal
estadual com tramitação exclusivamente eletrônica de processos, em
aproximadamente dois anos”, comenta.
Para a condução do projeto, o
TJ-MS implantou o SAF SG5, o sistema que permite a tramitação eletrônica de
processos em 2º grau.
De acordo com Arnaldo Liogi
Kobayashi, diretor da Secretaria Judiciária do TJ-MS, a exemplo dos processos
digitais de 1º grau e juizados, os advogados precisarão fazer uso do
certificado digital padrão ICP-Brasil para fazer a petição eletrônica.
O horário de peticionamento, que
hoje coincide com o período de funcionamento do tribunal, passará a ser das 6
às 23 horas por meio do Portal E-Saj.
A orientação é para que os
advogados sejam sucintos em suas petições, a fim de evitar o sobrecarregamento
do sistema em decorrência do tráfego de arquivos muito grandes.
Uma das grandes vantagens da
adoção do processo eletrônico é a extinção do chamado “tempo morto” do
processo.
O feito digital garante
celeridade nas ações e o serviço se torna menos braçal, pois atividades como
juntadas de documentos, carga dos autos, numeração de páginas e colocação de capas
nos processos são eliminadas.
Os servidores encarregados destas
funções podem se dedicar a trabalhos mais técnicos, garantindo assim um
andamento mais rápido dos processos.
Em outro esforço de modernização
e busca de agilidade em procedimentos tais como inquirição de testemunhas e
interrogatórios, o TJ-MS implantou um sistema de videoconferência.
A ferramenta, que já faz parte da
realidade dos magistrados de Campo Grande e de 22 comarcas desde 9 de março,
pode ser utilizada também para a realização de cursos voltados aos juízes e
servidores.
No total, foram adquiridos 30
terminais de videoconferência de alta tecnologia. Em Campo Grande foram
instalados oito pontos de equipamentos.
Os restantes funcionam nas
comarcas de Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã, Paranaíba, Dois Irmãos
do Buriti, Chapadão do Sul, Jardim, Nova Andradina, Coxim, Bandeirantes,
Terenos, Cassilândia e Miranda.
O sistema permite que as
videoconferências sejam gravadas, além da transmissão com áudio e vídeo,
semelhante a uma ligação telefônica. São diversos ramais instalados e, para
realizar uma videoconferência com determinado local, basta chamar o ramal
desejado.
“Com a videoconferência, teremos
um trabalho mais eficaz e isso significa dizer uma prestação jurisdicional mais
eficiente”, comenta o desembargador Luiz Carlos Santini, presidente do TJ-MS.
Segundo ele, o judiciário do Mato
Grosso do Sul será o primeiro no País a ter a totalidade de suas comarcas
digitalizadas. “Das 54 comarcas, 37 já
são totalmente digitais e estimamos que até outubro as restantes também o
sejam”, acrescenta.
Já o desembargador Ruy Celso
Barbosa Florence, diretor-geral da Escola Judicial de Mato Grosso do Sul
(EJUD/MS), destaca que “por meio de convênios e parcerias firmadas em todo o
País, mais de 200 magistrados e mais de 4 mil servidores serão alcançados pela
nova ferramenta.”
Fonte: http://www.tiinside.com.br
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