Nível de exigência nas disputas por cargos públicos deixa à frente quem tem pelo menos uma especialização no currículo
Atrás da aprovação em concursos cada vez mais exigentes, quem ainda não entrou na carreira pública já inicia uma corrida pelas pós-graduações. A especialização, além de contar como um título - item que vale como critério de desempate nos editais -, pode ajudar os "concurseiros" nas provas.
"É muito difícil passar em um concurso hoje sem ter especialização", defende o professor Ricardo Castilho, que coordena cursos de pós na área do Direito há 15 anos. Segundo ele, com o acirramento da disputa, a exigência de um título de especialização deixou de ser um diferencial. "Participei de uma banca de concurso em que praticamente todos os candidatos aprovados tinham pelo menos três pós."
De olho nas cobranças, Taila Panuchi Nunes, de 30 anos, começou a fazer uma especialização em Direito e Processo do Trabalho. Servidora do Tribunal de Justiça de São Paulo, Taila vai prestar concurso de novo, para a carreira de Magistratura do Trabalho. O edital exige títulos, mas, segundo ela, o objetivo principal da pós, oferecida pela LFG-Anhanguera Uniderp, foi continuar estudando sobre o campo em que vai atuar.
JOGADA ESTRATÉGICA
Para a aprovação, a área da pós conta menos, já que os editais exigem apenas o título de especialização. Mas a escolha de um curso casado com as disciplinas cobradas no concurso pode ajudar o candidato a se sair melhor nas provas.
Estudar Direito Público, por exemplo, contribui para que o "concurseiro" se prepare enquanto se especializa. "É como se fosse uma pós curinga", diz Nestor Távora, coordenador da Rede LFG nos cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos. Para ele, além dos conhecimentos cobrados nos editais, o estudo ajuda em fases mais complexas do concurso. "O conhecimento melhor elaborado conta muito para provas dissertativas e orais."
JÚLIA MARQUES - O ESTADO DE S.PAULO
Fonte: O ESTADO DE S.PAULO
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