No início dos anos 2000 começou a surgir o que hoje conhecemos como Relato Integrado (IIRC – International Integrated Reporting Council), que tem como objetivo demonstrar não apenas as informações contábeis oficiais, mas apresentar aos stakeholders informações e demais estratégias que permitam aos mesmos realizar uma análise mais precisa de seus investimentos.
“A visão de longo prazo do IIRC é a de um mundo em que o pensamento integrado está enraizado nas principais práticas comerciais dos setores público e privado, facilitado pelo Relato Integrado como padrão para relatos corporativos. O ciclo de pensamento e relato integrados, que levam à alocação eficiente e produtiva de capital, funcionará como força para conferir estabilidade financeira e sustentabilidade.”
*trecho retirado do Framework, disponível no site http://www.theiirc.org/international-ir-framework/
O RI (Relato Integrado) surgiu da necessidade de alinhar as demonstrações financeiras e contábeis com as demais áreas das empresas. Esta nova abordagem proposta pelo RI visa interligar e correlacionar as informações das estratégias de negócio, ciclos operacionais, resultados financeiros, sustentabilidade, entre outros, sinalizando ao mercado informações relevantes que tornam a companhia atrativa a investidores.
No Brasil, foi criada em 2010 uma plataforma que promove discussão e a criação dos pressupostos básicos que todo RI deve seguir afim de tornar o relatório mais abrangente. A ideia é criar um modelo que utilize os conceitos de modelo de gestão, que apresente não apenas as demonstrações, mas que o complemente com informações de como o “número” foi gerado, e mais que isso: como se comportará ao decorrer do tempo. Assim, o RI é um mecanismo capaz de avaliar a capacidade de agregar valor às operações da empresa, bem como identificar e antecipar riscos e oportunidades dos negócios.
Portanto, mais que integrar relatórios e informações contidas em demonstrações diversas, o RI tem como pressuposto tornar enraizado o pensamento integrado em toda a companhia, equalizando diretrizes de forma que os objetivos da organização sejam claros e de fácil acesso a todos os envolvidos. Com esta sinergia de ações, todos saem ganhando, em especial os investidores que terão acesso transparente e amplo de seu investimento.
Por Ronaldo Zanotta, consultor da Decision IT
Fonte: Decision IT via Mauro Negruni
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