Pular para o conteúdo principal

SPED traz grandes impactos para as empresas brasileiras


Gestão do risco fiscal e necessidade de profissionais qualificados nortearam as discussões no segundo dia do Fórum BlueTax

Terminaram na sexta-feira as atividades do 1º Fórum SPED BlueTax, realizado no museu Iminá de Paula, em Belo Horizonte. O evento reuniu mais de 160 profissionais, além de algumas referências nacionais do SPED. Segundo o organizador do evento e sócio diretor da Bluetax, José Adriano, a realização do fórum superou todas as expectativas. “Belo Horizonte, se comparada a outras grandes cidades, é carente de eventos que contemplem os avanços nessa área. Acreditamos que muito ainda precisa ser discutido e, por isso, tivemos um retorno expressivo em relação ao número de inscritos”, disse.

As atividades foram abertas com a palestra de Jorge Campos, sócio dretor da empresa Aliz, destacando os principais pontos da EFD Social, que tem a previsão de se tornar obrigatório para as empresas a partir de julho de 2013. Ele destacou que a EFD Social, que se refere à folha de pagamento, não é responsabilidade apenas do setor de Recursos Humanos das empresas e vai integrar Receita Federal, INSS, Previdência Social e Ministério do Trabalho e Emprego, além de eliminar algumas obrigações acessórias como Manad, GFIP e DIRF num segundo momento. “A perspectiva é que a carteira de trabalho deixe de existir daqui a cinco anos e que o Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) seja substituído pelo CPF”, disse.

Fernando Sampaio, consultor empresarial, falou sobre as infinitas possibilidades de cruzamento das informações, sobre o atual momento de adaptação e ajustamento vivido pelas empresas e sobre a ampliação e criação de controles internos pelos contribuintes. “As informações que envolvem o CPF e o CNPJ serão cruzadas através de NF-e com cartórios, bancos e os Detrans de todo país. Nos âmbitos Municipal, Estadual, Federal e também no Trabalho e Previdência, pessoas físicas e jurídicas ficarão em constante auditoria e cruzamento”.

O organizador do evento, José Adriano, também falou sobre a falta de profissionais qualificados e, consequentemente, da necessidade de capacitação para lidar com as mudanças. “Além da qualificação dos profissionais por meio de cursos presenciais ou online, o projeto SPED introduziu no mercado um grande número de empresas desenvolvedoras de soluções fiscais e de auditorias digitais, mudando um pouco a realidade das empresas”.

Outros pontos abordados foram os cuidados que as empresas precisam ter, uma vez que hoje a qualidade das informações está ruim e, por isso, precisam ser revistas.  Márcio Tonelli, consultor empresarial, falou sobre o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT), a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (DIPJ), sobre a Escrituração Contábil Digital (ECD) e sobre o Livro de Apuração de Lucro Real Eletrônico (E-Lalur), que passará a ser obrigatório também a partir de 2013 e que irá simplificar e eliminar algumas obrigações.

A gestão do risco fiscal e a qualidade do arquivo foram pontos também abordados por Edgar Madruga, administrador de empresas e auditor fiscal. “O empresário precisa ter em mente que a responsabilidade sobre tudo que possa colocar seu negócio em risco é dele, inclusive a gestão do Sped. É preciso que ele entenda o processo como um só e que tenha uma visão sistêmica, pois os problemas se encontram na incoerência das informações”, destacou.

As atividades do dia foram encerradas pelo palestrante e especialista em Tecnologia da Informação, Roberto Dias Duarte, destacando a importância da visão empresarial sobre todos esses processos. “É importante sensibilizar os líderes empresarias sobre os cuidados necessários com a gestão fiscal, pessoal e tributária, pois todas essas mudanças afetarão o modo de condução das empresas”.

O 1o. Fórum de SPED BlueTax foi patrocinado pela Mastermaq SoftwaresMax Partner ConsultingMega Sistemas CorporativosLynasLogic e DecisionIT.

Apoiaram na divulgação os Jornais Diário do ComércioFolha do Comércio, Hoje em Dia, O Tempo e Estado de Minas, além dos sites BeloTurFISCOSoftJAPs-SPEDSPEDBrasilSpeditoMauro NegruniBlog do SPEDTânia GurgelFernando SampaioTI InsideClube dos ContadoresMercado ContábilRádio ContábilEssência sobre a Forma e UniBH, dentre outros.

Os slides das palestras, fotos e outras informações sobre o 1º Fórum BlueTax estarão disponíveis ainda nesta semana em http://ow.ly/bDnAt.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O sol nunca deixa de brilhar acima das nuvens

Sempre que viajo e vejo esta cena fico muito emocionado. O Sol brilhando acima das nuvens. Sempre me lembro desta mensagem: "Mesmo em dias sombrios , com o céu encoberto por densas e escuras nuvens, acima das nuvens o Sol continuará existindo. E o Sol voltará a iluminar, sem falta. Tenhamos isto sempre em mente e caminhemos buscando a luz! Quando voltarmos os nossos olhos em direção à luz e buscamos na vida somente os lugares onde o Sol brilha, a luz surgirá" Seicho Taniguchi Livro Convite para um Mundo Ideal - pág. 36 Que super mensagem Deus nos oferta.  Você quer renovar a sua experiência com Deus?  Procure um lugar quieto e faça uma oração sincera a Deus do fundo do seu coração pedindo para que a vontade dele prevaleça em sua vida. Tenho certeza que o sol da vida, que brilha acima das nuvens escuras, brilhará também em você !!!

Sonegação não aparece em delação premiada, mas retira R$ 500 bi públicos

Empresário que sonega é visto como vítima do Estado OS R$ 500 BILHÕES ESQUECIDOS Quais são os fatores que separam mocinhos e vilões? Temos acompanhado uma narrativa nada tediosa sobre os “bandidos” nacionais, o agente público e o político corruptos, culpados por um rombo nos cofres públicos que pode chegar a R$ 85 bilhões. Mas vivemos um outro lado da história, ultimamente esquecido: o da sonegação de impostos, que impede R$ 500 bilhões de chegarem às finanças nacionais. Longe dos holofotes das delações premiadas, essa face da corrupção nos faz confundir mocinhos e bandidos. O sonegador passa por empresário, gerador de empregos e produtor da riqueza, que sonega para sobreviver aos abusos do poder público. Disso resulta uma espécie de redenção à figura, cuja projeção social está muito mais próxima à de uma vítima do Estado do que à de um fora da lei. Da relação quase siamesa entre corrupção e sonegação, brota uma diferença sutil: enquanto a corrupção consiste no desvio

Antes e depois de uma auditoria

O povinho inflexível rsrs