Pular para o conteúdo principal

Crescimento de compras on-line cria desafios para segurança no e-commerce


RIO - A febre das compras pela internet já é uma realidade no Brasil e no mundo, mas a disparada dos e-commerces traz à tona a iminente preocupação dos consumidores com a segurança de suas compras on-line. Questões como a autenticidade dos sites e a transmissão de dados bancários são as principais inseguranças dos clientes.
Apenas 2% da população brasileira confiam plenamente em sites de comércio ou de bancos, segundo uma pesquisa realizada pela Unisys este ano. Para mudar este cenário, a aposta dos e-commerces tem sido oferecer mais segurança aos consumidores por meio de selos de certificação digital, que garantem a confiabilidade dos sites e protegem as informações dos usuários.
Atualmente, existem dois tipos de selos: aqueles que apenas monitoram a qualidade do serviço e os prazos prometidos pelo site e o modelo SSL (Secure Sockets Layer), que atesta a autenticidade do domínio e cria um canal de criptografia entre o usuário e o servidor do portal.
Recentemente, a Google lançou um selo conhecido como Google Trusted Stores, que pretende ajudar os compradores a identificar quais lojas oferecem a melhor experiência na hora da compra. Ao passar o mouse sobre o selo do Trusted Stores, o consumidor pode ver as notas dadas pela Google ao site. No entanto, esse modelo de selo não passa de um ranking sobre a qualidade do atendimento de um e-commerce, não oferecendo então, nenhuma garantia específica de segurança. De acordo com a diretora comercial da empresa Certisign, Regina Tupinambá, o tipo SSL ainda é o mais completo e até hoje, nenhum hacker conseguiu quebrar esse protocolo.
“É muito importante para quem entra nesse mercado estar adequado e seguir as boas práticas de segurança, o que é possível mediante o aval de uma autoridade certificadora que conta com expertise e forte atuação no segmento de e-commerce. Mais do que a autenticidade, o selo dá credibilidade aos sites iniciantes e os coloca no mesmo patamar de confiabilidade que os grandes do setor”, explica Regina Tupinambá.
O trabalho feito pelas entidades certificadoras, como a Certisign, é auditado e fiscalizado pela ICP-Brasil, órgão criado por medida provisória em 2001. Segundo a executiva, ao clicar no selo o consumidor pode ver, em tempo real, o documento de validação do site. Ela acrescenta que hoje em dia os sites que não têm condicao de adequar seu serviço às exigências de uma autoridade certificadora provavelmente vão começar a sofrer prejuízos em seus volumes de negócios e ainda alerta sobre os e-commerces que simulam estar certificados por selos seguros.
“Quando acessamos alguns deles, ainda encontramos uma coleção de selos aplicados que ‘supostamente’ mantém o site seguro. Na verdade eles são apenas imagens ou logo de empresas que prestam outros serviços aos sites, sem identificar e proteger suas comunicações”, completa a executiva.
Com faturamento de R$ 250 milhões em 2011 e previsão de 20% a mais na receita de 2012, a Certisign foi a primeira empresa brasileira a fornecer esse tipo de serviço no país e continua suas apostas no comércio eletrônico brasileiro. Apesar de já contar com 80% das empresas do setor em sua carteira de clientes — tais como Magazine Luiza, Submarino, Americanas, Mercado Livre, OQVestir, NetShoes, entre outros, a empresa lançou em março uma campanha de incentivos para quem quer entrar no ramo.
A partir de um programa de descontos no fornecimento do certificado digital, a Certisign conseguiu incorporar mais 180 clientes, todos com menos de 18 meses de existência, abrindo oportunidade para que os novos sites de comércio eletrônico também possam investir num ambiente seguro para seus clientes.
“Nosso objetivo é preservar a segurança na internet, resguardando os usuários e estimulando a percepção do valor que um certificado digital tem", afirma a diretora comercial.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/tecnologia/crescimento-de-compras-on-line-cria-desafios-para-seguranca-no-commerce-5567810#ixzz23RUPPdMP 

Veja Também:


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sonegação não aparece em delação premiada, mas retira R$ 500 bi públicos

Empresário que sonega é visto como vítima do Estado OS R$ 500 BILHÕES ESQUECIDOS Quais são os fatores que separam mocinhos e vilões? Temos acompanhado uma narrativa nada tediosa sobre os “bandidos” nacionais, o agente público e o político corruptos, culpados por um rombo nos cofres públicos que pode chegar a R$ 85 bilhões. Mas vivemos um outro lado da história, ultimamente esquecido: o da sonegação de impostos, que impede R$ 500 bilhões de chegarem às finanças nacionais. Longe dos holofotes das delações premiadas, essa face da corrupção nos faz confundir mocinhos e bandidos. O sonegador passa por empresário, gerador de empregos e produtor da riqueza, que sonega para sobreviver aos abusos do poder público. Disso resulta uma espécie de redenção à figura, cuja projeção social está muito mais próxima à de uma vítima do Estado do que à de um fora da lei. Da relação quase siamesa entre corrupção e sonegação, brota uma diferença sutil: enquanto a corrupção consiste no desvio ...

A RESPONSABILIDADE CRIMINAL DO CONTADOR NO CRIME DE SONEGAÇÃO FISCAL

O ordenamento jurídico prevê diversos crimes tributários e, dentre eles, o delito de sonegação fiscal, consoante o art. 1º, da Lei 8.137/90, verbis : Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I – omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; II – fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; III – falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; IV – elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; V – negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a leg...

O SPED e as Empresas Gabrielas

Neste ano, muitas empresas enfim conhecem com mais profundidade o que o fisco digital deseja: informação detalhada! E conforme passa o tempo, o governo aperta o cerco informacional. Ele tem sido muito exigente, e deve ser, mas não considera a revolução que isto causa nas empresas. Não está escrito ‘como se adequar’ em nenhum guia prático ou norma legal. Este contexto vem evoluindo desde 2001, com a IN 2.200-2, momento em que a tão importante certificação digital foi anunciada, para pouco mais de 10 anos depois, ser pré-requisito de regularidade fiscal. Mas e os processos empresariais, que são a fonte da informação?!  É onde, caro leitor, as Empresas Gabrielas urgem com toda força. O engessamento de processos inadequados, que por conta do que nível de detalhes e a origem da informação, justificam em si, o próprio problema da organização. A geração da informação tem sido dificultada, e além do fator fiscal, os reflexos estão na vantagem competitiva. Quem trabalh...