Por Carlos Meni,
Progresso industrial, expansão
das corporações, avanços da ciência, crise econômica, desigualdades sociais.
Descrito no livro Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, de 1931, ainda no
auge da Grande Depressão norte-americana, que balançou o mundo, este cenário é
igual ao que estamos atualmente inseridos, mas incrivelmente diferente!
Este momento, que combina
situações controversas, de preocupação pela crise europeia, e de euforia e
efervescência no panorama brasileiro, faz desta ocasião algo sem igual na
história do mercado nacional, em especial para setores como o contábil e de
tecnologia da informação.
O Sistema Público de Escrituração
Digital (SPED) é desses casos emblemáticos. Por um lado, muitos estão
assustados com a sua complexidade, enquanto outros surfam com desenvoltura por
esta nova onda tecnologia. Outros, no entanto, dizem que o SPED é algo novo, e
com certa razão, mas eu gosto de dizer que é apenas a estruturação das
informações geradas pelas empresas em seu dia a dia de forma detalhada.
Com tal visão, é possível
presumir que as empresas devam definir o quanto seria importante repensar a
forma de fazer negócios e atender aos seus clientes. Afinal, não é à toa que o
admirável mundo novo descrito por Aldous Huxley vislumbrava um futuro pautado
por uma sociedade excessivamente organizada, padronizada e controlada pelos
computadores. Qualquer semelhança não é mera coincidência.
A ideia de uma sociedade baseada
no conhecimento está se tornando menos imprecisa e mais evidente a cada dia à
medida que se evidencia a diferença que a capacidade humana pode fazer, na hora
de processar a informação e transformá-la, a partir da sua experiência,
criatividade, aprendizado técnico, em algo de valor.
Ter o poder e saber usar a
informação: este é o grande diamante que está sendo lapidado pelo empresário da
contabilidade para os seus clientes, trazendo muito valor ao seu negócio e ao
de seus clientes. Este novo mundo em que vivemos desencadeou uma luta
desenfreada por competitividade, gerando estresse e valores equivocados, para
os quais o verbo ter, muitas vezes, supera o verbo ser em nossa sociedade.
Hoje, a informação é a
matéria-prima e a tecnologia é o meio, mas é a habilidade intelectual o
principal ingrediente do que é produzido, vendido e consumido no mundo.
Milhares de reais estão sendo investidos pelas empresas contábeis na busca do
conhecimento e em especialização, pelos contadores em todo o Brasil. A formação
da inteligência contábil será muito exigida neste momento, com orientações e
acompanhamento das operações, das atividades de cada cliente com suas
especificidades.
A contabilidade é uma profissão
que exige de seus profissionais estudo contínuo, pois são eles que auxiliam as
empresas a realizar operações com rentabilidade e segurança contábil, fiscal e
tributária que precisam para garantir a sustentabilidade de seus negócios.
Se até algumas décadas atrás a
informação era dependente de um meio físico, como o papel, hoje ela está
disponível em algum lugar na web e a agilidade ao acesso dela, em qualquer
lugar e hora, é o ponto-chave para o sucesso.
As mudanças sentidas neste início
do século XXI vão muito além das produzidas pelas inovações tecnológicas. O que
se está transformando é a dinâmica da forma de gerenciar as empresas e os
negócios, fazendo surgir um mundo novo para a contabilidade brasileira. Um
mundo com o qual e para o qual as empresas devem se voltar. Um mundo onde as
empresas contábeis são realmente responsáveis pelo sucesso das organizações.
Tão diferente e admirável!
Carlos Meni, presidente da
Prosoft Tecnologia
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Compartilhando idéias e experiências sobre o cenário tributário brasileiro, com ênfase em Gestão Tributária; Tecnologia Fiscal; Contabilidade Digital; SPED e Gestão do Risco Fiscal. Autores: Edgar Madruga e Fabio Rodrigues.