Num dia desses, eu estava conversando com um gerente e ele dizia que tinha de tomar uma decisão com relação a dois de seus funcionários e sabia que deixaria um deles aborrecido.
Teria de escolher um dos dois para assumir um cargo novo de chefia e isso aborrecia aquele que não fosse escolhido. Comentei com ele que seria melhor deixar um deles feliz do que deixar os dois sem oportunidade e não deveria deduzir que o outro iria ficar contrariado. Podia ser que não ficasse.
Contei para ele que, na Austrália, tem um lugar conhecido como Montanhas Azuis. Lá existem três formações rochosas em forma de obelisco.
Conta a lenda que são três irmãs. Segundo essa lenda, certa vez, um feiticeiro passeava com suas três irmãs quando se aproximou o mais famoso guerreiro daqueles tempos.
- Quero casar-me com uma dessas belas moças – disse.
- Se uma delas se casar, as outras duas vão se achar feias.
Estou procurando uma tribo onde os guerreiros possam ter três mulheres – respondeu o feiticeiro, afastando-se.
E, durante anos, caminhou pelo continente australiano, sem conseguir encontrar esta tribo.
- Pelo menos uma de nós podia ter sido feliz – disse uma das irmãs, quando já estavam velhas e cansadas de tanto andar.
- Eu estava errado – respondeu o feiticeiro.
– Mas agora é tarde.
E transformou as três irmãs em blocos de pedra, para que, quem por ali passasse, pudesse entender que a felicidade de um não significa a tristeza de outros.
Fonte: Aldo Quintao
Neste lição também se contempla duas hipóteses: o lucro do gestor em continuar com todos ao seu dispor, e a incapacidade dos subordinados em ver esta manobra! Nestes casos, acontece o que diz o texto: todos, com exceção do gestor, perdem oportunidades!
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