Pular para o conteúdo principal

Falta de planejamento pode matar uma pequena empresa

O estudo da organização, intitulado “Causa Mortis: o sucesso
e o fracasso das empresas nos primeiros cinco anos de vida”,
mostrou que 55% dos empreendedores não elaboraram
um plano de negócios antes de abrirem suas empresas.
Uma recente pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostrou que os principais motivos que levam empresas a fecharem nos primeiros anos de atividade são a falta de planejamento, deficiências na gestão e o comportamento do empreendedor.
O estudo da organização, intitulado “Causa Mortis: o sucesso e o fracasso das empresas nos primeiros cinco anos de vida”, mostrou que 55% dos empreendedores não elaboraram um plano de negócios antes de abrirem suas empresas. Além disso, 46% deles afirmam ter iniciado um negócio sem conhecer os hábitos de consumo dos clientes nem a quantidade de consumidores que teriam. Outros 39% ignoravam o capital de giro necessário para abrir a empresa e 38% não sabiam a quantidade de concorrentes que teriam no setor de atuação.
O diretor técnico do Sebrae-SP, Ivan Hussni, afirma que, apesar do brasileiro querer, cada vez mais, ter a liberdade de ter o seu próprio negócio, ele precisa se preparar mais. “De cada dez pessoas no Brasil, sete estão empreendendo por oportunidade. Isso mostra que, cada vez mais, o brasileiro quer ser livre para ter sua própria empresa. No entanto, ele precisa estar mais preparado, porque hoje o mercado é grande e agressivo. A concorrência não é somente mais entre estados e cidades. A concorrência é global”, afirma Hussni.
Plano
O diretor técnico do Sebrae-SP orienta que um dos primeiros passos do empreendedor é se empenhar em conhecer os diversos setores da economia e decidir o setor no qual quer atuar. “Ao conhecer o mercado no qual deseja empreender, é preciso avaliar os concorrentes e conhecer o público-alvo, investigando quais os canais de comunicação que levam até ele”, diz.
O professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing, José Eduardo Amato Balian, afirma ser importante que o empreendedor faça um plano de negócios que contemple planejamento de mercado, financeiro, de tipo de mão de obra necessária, entre outros. “Apesar do fator risco ser uma das características do empreendedorismo, esse risco precisa ser consciente. É preciso conhecer muito bem o setor, trabalhando em uma empresa da área antes de abrir seu próprio negócio, conhecendo as principais fornecedoras de determinado serviço e se cercando de pessoas com conhecimento”, diz.
Balian também acrescenta que o relacionamento entre sócios é outro motivo que leva empresas ao fim. “A escolha de sócios é importante. É preciso que, entre eles, haja valores e objetivos em comum ou uma complementariedade de conhecimentos”, diz.
Estratégias
A pesquisa do Sebrae também mostrou que, em relação às estratégias adotadas pelas empresas em atividades, a diferenciação mostrou-se mais vantajosa para a manutenção do negócio do que a aposta em preços competitivos. Entre essas, 38% optaram por oferecer diferenciais em produtos e serviços, escolha de 26% das que fecharam. Já a adoção de uma política baseada em preços foi a preferência de 31% dos negócios encerrados e 23% das empresas que estão em atividade.
Outra informação relevante é que, nas empresas que passaram dos cinco anos, os empresários se antecipam aos fatos, buscam informações e perseguem os objetivos com mais frequência do que nas empresas encerradas.
“O importante é o empreendedor não fazer sempre o mesmo e antecipar o desejo de seus clientes”, diz Hussni. “Inovar não significa apenas alta tecnologia. Mas entender todas as vontades da clientela. Algo que muita gente desconhece ainda é que os consumidores não compram mais somente pelo preço. Mas também pela comodidade, atenção e bons produtos”, complementa.
Para o professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), Celio Mauro Placer, uma outra forma de ter sucesso nos empreendimentos é o empresário ser flexível no momento em que precisa realizar ajustes e mudanças sejam esses no produto ou nas financeiros. Além disso, Placer acrescenta que outro fator que dificulta um avanço maior do empreendedorismo no Brasil é o ambiente de negócios, sujeito à alta carga tributária e burocracia.
Já o professor da Fundação Álvares Penteado (FAAP), Luiz Eduardo Cunha, chama a atenção para o papel das empresas “aceleradoras” no investimento em infraestrutura dos novos empreendimentos. “As empresas aceleradoras são investidores do mercado mundial que fornecem informações e dão suporte para que as empresas possam funcionar”, diz. Além disso, Cunha afirma que as escolas deveriam incentivar mais o espírito empreendedor entre os alunos.

por Paula Salati

Fonte: DCI – SP via Roberto Dias Duarte.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O sol nunca deixa de brilhar acima das nuvens

Sempre que viajo e vejo esta cena fico muito emocionado. O Sol brilhando acima das nuvens. Sempre me lembro desta mensagem: "Mesmo em dias sombrios , com o céu encoberto por densas e escuras nuvens, acima das nuvens o Sol continuará existindo. E o Sol voltará a iluminar, sem falta. Tenhamos isto sempre em mente e caminhemos buscando a luz! Quando voltarmos os nossos olhos em direção à luz e buscamos na vida somente os lugares onde o Sol brilha, a luz surgirá" Seicho Taniguchi Livro Convite para um Mundo Ideal - pág. 36 Que super mensagem Deus nos oferta.  Você quer renovar a sua experiência com Deus?  Procure um lugar quieto e faça uma oração sincera a Deus do fundo do seu coração pedindo para que a vontade dele prevaleça em sua vida. Tenho certeza que o sol da vida, que brilha acima das nuvens escuras, brilhará também em você !!!

Sonegação não aparece em delação premiada, mas retira R$ 500 bi públicos

Empresário que sonega é visto como vítima do Estado OS R$ 500 BILHÕES ESQUECIDOS Quais são os fatores que separam mocinhos e vilões? Temos acompanhado uma narrativa nada tediosa sobre os “bandidos” nacionais, o agente público e o político corruptos, culpados por um rombo nos cofres públicos que pode chegar a R$ 85 bilhões. Mas vivemos um outro lado da história, ultimamente esquecido: o da sonegação de impostos, que impede R$ 500 bilhões de chegarem às finanças nacionais. Longe dos holofotes das delações premiadas, essa face da corrupção nos faz confundir mocinhos e bandidos. O sonegador passa por empresário, gerador de empregos e produtor da riqueza, que sonega para sobreviver aos abusos do poder público. Disso resulta uma espécie de redenção à figura, cuja projeção social está muito mais próxima à de uma vítima do Estado do que à de um fora da lei. Da relação quase siamesa entre corrupção e sonegação, brota uma diferença sutil: enquanto a corrupção consiste no desvio

Antes e depois de uma auditoria

O povinho inflexível rsrs