Pular para o conteúdo principal

MA: Secretaria de Fazenda realiza operação de combate à sonegação fiscal

Empresas investigadas há pelo menos um ano podem ter omitido cerca de R$ 22 milhões em faturamento

Com o objetivo de combater a sonegação fiscal praticada por empresas do setor automotivo, equipes da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF/MG) cumpriram, nesta segunda-feira (21/3), quatro mandados de busca e apreensão. O alvo da Operação Carretel, feita em parceria com a Advocacia Geral do Estado (AGE), foram as empresas Distribuidora de Acessórios de Autos Linha Verde Ltda e Silveira & Crispim Distribuidoras de Autopeças Ltda.

Com depósitos nos bairros Vila Suzana, Ouro Minas e Santa Cruz, em Belo Horizonte, as duas empresas são suspeitas de participar de um esquema de compra e venda de mercadorias sem nota fiscal. Uma fraude que, segundo levantamentos preliminares, pode ter resultado na omissão de cerca de R$ 22 milhões em faturamento em apenas um ano. Um prejuízo aos cofres públicos de, aproximadamente, R$ 6 milhões em ICMS não recolhidos.

As investigações do esquema, descoberto por meio de uma denúncia, duraram 12 meses. Além da sonegação, as empresas são suspeitas de uso de documentação falsa e abertura de novos estabelecimentos por meio de sócios-laranjas.

Durante a operação, auditores fiscais da Receita Estadual encontraram mais de 120 mil itens automotivos avaliados em R$ 12 milhões. Os produtos estavam estocados em um galpão sem inscrição estadual, localizado no bairro Vila Suzana, pertencente à empresa Linha Verde, e, segundo denúncia, eram comercializados por telefone e até pela internet. Nenhuma nota fiscal foi apresentada pelos representantes da empresa.

De acordo com Marcial Gomes de Melo, titular da Delegacia Fiscal de Trânsito de Belo Horizonte (DFT-BH), há indícios de que a maioria dos produtos comercializados pelas duas empresas tenha vindo dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo e entrado em Minas Gerais de forma irregular. Tanto os fornecedores quanto os clientes serão investigados.

“Nós acreditamos que esse esquema de fraude tenha sido adotado há, pelo menos, um ano. Um passo importante agora é descobrir quais são as outras empresas envolvidas. Com certeza, elas também serão alvo de investigação da Receita Estadual”, afirmou Marcial.

As empresas praticavam ainda concorrência desleal. Com o esquema de evasão, conseguiam revender as mercadorias com preços até 20% abaixo do valor de mercado.

“Isso tem um impacto direto na economia do Estado pois diminui o faturamento das empresas regulares e cumpridoras dos seus deveres, diminui a arrecadação de impostos e contribui para o aumento do desemprego, uma vez que muitas empresas prejudicadas acabam demitindo funcionários para se manterem no mercado”, avaliou Marcial.

Vários documentos relativos aos negócios das empresas foram apreendidos. Também foram copiados todos os conteúdos de computadores, notebooks, pendrives e outros dispositivos eletrônicos. O material será analisado no Laboratório de Auditoria Digital da SEF.

Sob a coordenação geral do Núcleo de Atividade Fiscais Estratégicas (NAFE), a Operação Carretel contou com a participação de doze auditores ficais e três gestores fazendários. Teve ainda o apoio de oficiais da Justiça e da Polícia Militar.

Fonte: Agência Minas Gerais via Mauro Negruni

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O sol nunca deixa de brilhar acima das nuvens

Sempre que viajo e vejo esta cena fico muito emocionado. O Sol brilhando acima das nuvens. Sempre me lembro desta mensagem: "Mesmo em dias sombrios , com o céu encoberto por densas e escuras nuvens, acima das nuvens o Sol continuará existindo. E o Sol voltará a iluminar, sem falta. Tenhamos isto sempre em mente e caminhemos buscando a luz! Quando voltarmos os nossos olhos em direção à luz e buscamos na vida somente os lugares onde o Sol brilha, a luz surgirá" Seicho Taniguchi Livro Convite para um Mundo Ideal - pág. 36 Que super mensagem Deus nos oferta.  Você quer renovar a sua experiência com Deus?  Procure um lugar quieto e faça uma oração sincera a Deus do fundo do seu coração pedindo para que a vontade dele prevaleça em sua vida. Tenho certeza que o sol da vida, que brilha acima das nuvens escuras, brilhará também em você !!!

Sonegação não aparece em delação premiada, mas retira R$ 500 bi públicos

Empresário que sonega é visto como vítima do Estado OS R$ 500 BILHÕES ESQUECIDOS Quais são os fatores que separam mocinhos e vilões? Temos acompanhado uma narrativa nada tediosa sobre os “bandidos” nacionais, o agente público e o político corruptos, culpados por um rombo nos cofres públicos que pode chegar a R$ 85 bilhões. Mas vivemos um outro lado da história, ultimamente esquecido: o da sonegação de impostos, que impede R$ 500 bilhões de chegarem às finanças nacionais. Longe dos holofotes das delações premiadas, essa face da corrupção nos faz confundir mocinhos e bandidos. O sonegador passa por empresário, gerador de empregos e produtor da riqueza, que sonega para sobreviver aos abusos do poder público. Disso resulta uma espécie de redenção à figura, cuja projeção social está muito mais próxima à de uma vítima do Estado do que à de um fora da lei. Da relação quase siamesa entre corrupção e sonegação, brota uma diferença sutil: enquanto a corrupção consiste no desvio

Antes e depois de uma auditoria

O povinho inflexível rsrs