Por Alex Araujo*
Meus
comentários: Reafirmando algo que acredito muito: o maior
desafio do SPED é cultural. Não é técnico. Técnica é adquirida com dinheiro e
tempo. Mas ... sempre o mas... quando alguns vão perceber os novos cenários e
riscos? Quando mexerem na parte mais sensível do ser humano, materialmente
falando? (o bolso) rsrs. Aí começa a nossa jornada spediana...
Corroborando com o texto,
não espere o leite derramar, invista em treinamentos. Seguem algumas sugestões:
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também: “Ora, feche essa buzina...” Não
entendeu? Tem tudo a ver veja este link de um desenho da minha infância:
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Vamos ao texto original:
Já não é de hoje que o
mercado de trabalho, especificamente voltado para o setor contábil, sente os
impactos causados pelas diversas e velozes mudanças ocorridas no Brasil e no
mundo.
Os bons profissionais da
área contábil estão vivendo tempos maravilhosos para o setor. Tempos estes,
aguardados com muita ansiedade, durante muitos anos, principalmente pelos
militantes da área.
Entretanto diante da
velocidade das mudanças ocorridas (Lei 11.638/2007, Lei 11.941/2009, SPED,
etc.) muitos profissionais foram pegos de surpresa por uma avalanche de
informações a serem absorvidas em pouco tempo e necessidade de aplicação
imediata destes conhecimentos.
E como acompanhar a
velocidade dessas informações ? Como estar preparado para este novo mercado
onde sobram oportunidades por falta de mão de obra qualificada ? Como suprir a
carência do mercado diante da escassez desta mão de obra ?
As empresas estão se
esforçando bastante para reter os seus talentos. Isso é fato constatado. Com a
carência do mercado, o número de ofertas de empregos com boas remunerações e
benefícios atraentes tem feito com que vários profissionais tenham a liberdade
de escolher oportunidades melhores para si (coisa que jamais poderia se
imaginar a 05 anos atrás). Algumas empresas estão inclusive abrindo
oportunidades para estudantes de Ciências Contábeis ao invés de contratarem
alguns profissionais no mercado. A razão para isso é que as boas faculdades já
adaptaram a sua grade de matérias de acordo com as mudanças ocorridas e
infelizmente alguns profissionais não perceberam ainda essa nova realidade e
por isso não estão buscando aperfeiçoamento.
A modernização é um processo
muitas vezes cruel, porém necessário para o desenvolvimento da sociedade. A
tendência é o corporativismo. As empresas estão se unido para cresceram mais,
os escritórios de contabilidade estão se unido para formar empresas de
contabilidade. Estas empresas não enxergam mais as fronteiras diante da
padronização das normas e com isso estão se expandindo pelo país. Empresas contábeis
estão abrindo filiais em outros Estados, por conta das oportunidades que vão
surgindo e por conta da necessidade de crescimento. Essa expansão pode tirar a
paz de quem estava acomodado, acreditando que ninguém poderia “mexer no seu
queijo”. Contudo esta expansão é perfeitamente legal e se faz necessária frente
às exigências do novo mercado.
E qual é a solução para não
ficar para trás ? A resposta é óbvia ! Simplesmente acompanhar de perto essas
transformações ! Como ? Se qualificando !
Os Conselhos Regionais de
Contabilidade, em sua grande maioria, oferecem cursos gratuitos ou com um preço
bastante acessível. Os SESCON‘s, a FENACON, os SINDICONT’s, as associações de
contadores e demais órgãos também têm oferecido inúmeros cursos, palestras e
seminários voltados para o aperfeiçoamento dos contabilistas e estudantes. O
problema é que muitos ignoram essas oportunidades, outros simplesmente
desconhecem, porém no fim o impacto negativo vem para ambos: exclusão do
mercado, perda de clientes para a concorrência, e o pior de tudo é a perda de
tempo. Tempo é um recurso precioso, escasso para os contabilistas e quando
perdido não tem volta.
Quantos neste momento, se
pudessem voltar atrás, não teriam se preparado melhor para o impacto causado
por estas mudanças ? Quantos não fariam o investimento necessário em suas
carreiras e evitariam pensar que era perda de tempo ter lido todos os CPC’s, as
normas publicadas, as Leis publicadas, etc. E assim, com um pouco mais de
tempo, buscariam suas interpretações e consequentemente a forma de aplicá-las
corretamente ?
O aspecto positivo dessa
jornada é que ainda há tempo para recuperar os prejuízos causados pela falta de
investimento profissional. A questão é que o tempo está passando e quanto mais
se esperar, maiores serão prejuízos serão acumulados.
Algumas orientações valiosas
para quem quer vencer neste novo mercado:
1) Os empresários, neste
momento devem liberar seus profissionais, estrategicamente, para que estes
possam fazer cursos de aperfeiçoamento nos órgãos que os representam. Muitos
desses órgãos, como já foi dito, oferecem cursos gratuitos. No final será um
investimento tanto para o empresário quanto para o funcionário.
2) Tanto os profissionais
quanto os empresários que tiverem que pagar para fazer cursos não devem jamais
pensar nisto como gasto e sim investimento.
3) Se os empresários não
quiserem liberar seus funcionários para fazer cursos ou não quiserem (ou
puderem) pagar, cabe aos funcionários buscarem uma forma de se aperfeiçoar,
fazendo cursos à noite ou aos finais de semana. Este sacrifício (se é possível
chamá-lo assim), certamente será recompensado com uma oferta melhor de emprego.
No fim, ele verá que o suposto sacrifício nada mais é do que um investimento !
Lembrando que a carreira é um ativo que pertence ao funcionário e não a
empresa.
4) A internet está repleta
de informações gratuitas e valiosíssimas para os profissionais de
contabilidade. Nela é possível encontrar todos os CPC’s, a Lei 11.638/2007, Lei
11.941/2009, slides e apostilas explicando tudo sobre o SPED e muitas outras
coisas. É possível também trocar conhecimento e tirar dúvidas através de
fóruns, redes sociais, trocar e-mail’s com os órgãos competentes e
representativos, baixar programas (desde os mesmos sirvam para engrandecê-los
como profissionais).
Não existem desculpas para
não evoluir. Não existem desculpas para não se aperfeiçoar. Tudo é possível.
Albert Einstein (1879-1955) dizia que “Algo só é impossível até que alguém
duvide e acabe provando o contrário!” As salas de aulas dos Conselhos Regionais
e das faculdades estão lotadas em diversos horários para provar que é possível
se aperfeiçoar. Harry Emerson Fosdick (1868-1969), dizia que “O mundo está se
movendo tão rápido atualmente, que quando um homem diz que algo não pode ser
feito é geralmente interrompido por alguém já fazendo”. Para bom entendedor
meia palavra basta.
Os contabilistas, assim como
as demais pessoas no mundo inteiro, estão sendo conduzidos, voluntariamente ou
não, para a “Era do Conhecimento”. Conhecimento este, diga-se de passagem,
multidisciplinar.
Por estes motivos, neste
momento, cabe aos profissionais acertarem o passo nessa caminhada e decidirem
como enfrentarão este percurso, pois se não for pelo amor, infelizmente será
pela dor.
*Alex Araújo é Membro do
Comitê Jovem do Sindicato dos Contabilistas do Município do Rio de Janeiro
(SINDICONT-Rio).
Fonte: www.administradores.com.br
republicado em www.robertodiasduarte.com.br
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