Por Carlos Meni | www.administradores.com.br
Não se trata de uma palavra
da moda no mundo corporativo, mas de uma necessidade inerente ao avanço
tecnológico do qual desfrutam empresas, administrações tributárias e até mesmo
o consumidor pessoa física. O backup de dados faz parte do cotidiano de todos,
ou ao menos deveria.
Sua importância extrapolou
as fronteiras das empresas, e deve estar previsto nas contingências anuais, não
como gasto, mas como investimento. Digo isto por conta de diversos exemplos
fatídicos ocorridos na história recente, que mostram a fragilidade da guarda de
informações estratégicas.
Do episódio do World Trade
Center, nos EUA, em 11 de setembro de 2001, passando pelo desabamento dos
edifícios no Rio de Janeiro, em 25 de janeiro, até o desmoronamento de lajes
num prédio comercial de São Bernardo do Campo, na noite do dia 6 de fevereiro,
muitas empresas simplesmente perderam informações importantes, ou mesmo sumiram
do mapa, assim como as diversas vidas ceifadas.
Como garantir que mesmo com
fatalidades imprevisíveis uma empresa possa continuar operando no menor espaço
de tempo? No Rio, por exemplo, há diversos empresários "sem-teto",
pedindo ajuda à Prefeitura para voltar às atividades normais.
É interessante vermos como
as grandes empresas tratam seus planos de contingência e modelam as diversas
políticas de segurança, às vezes não tão seguras como no exemplo das torres
gêmeas, onde a maioria das empresas mantinha seus backups na torre ao lado da
qual estavam sediadas. Ou seja, com a destruição das torres, os backups que
continham a vida da empresa, desapareceram.
Uma das histórias de
empresas que estavam no prédio, no Rio de Janeiro, são exemplos reais que
precisamos saber. A companhia realizava o procedimento de backup corretamente,
mas justo no dia do desabamento, um dos funcionários precisou levar o HD para a
sede. Com o equipamento dentro do prédio no momento do acidente, tudo foi
perdido.
Ao analisar tal episódio,
precisamos fazer alguns questionamentos. Se amanhã, ao chegar perto do local da
sua empresa, verificar que ocorre um incêndio que a afetará, qual processo foi
definido para resguardar as informações que estão fisicamente nela localizadas?
Existe algum backup de
processos críticos, localizado fora da empresa? Esse backup é valido? Existe
alguma rotina para realizar testes de recuperação? E, na pior das hipóteses, se
houver perda de dados, o que fazer daqui para frente? A empresa sobreviverá
após a perda das informações? Qual o período máximo que poderá ficar
indisponível?
Estes questionamentos
precisam ser feitos, e necessitam de respostas para garantir a continuidade de
qualquer negócio. Por que pagamos seguro para nossos automóveis? Para não
usarmos, pois ninguém quer bater ou ser roubado, mas nos preocupamos com nosso
patrimônio, investimos em sua segurança.
Ora, para as empresas,
investir tempo e dinheiro é fundamental para garantir a segurança das suas
informações e a continuidade das operações. Eis a diferença entre sorte e azar.
É essencial não deixar sua empresa despreparada para sobreviver a toda a sorte
de incidentes.
Afinal, o tempo passa,
deixamos para o segundo plano, e esquecemos.
Carlos Meni é presidente da
Prosoft Tecnologia
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